Reflexão sobre a clássica frase:
Ninguém é insubstituível!
Nos mais de vinte anos que trabalho em Recursos
Humanos de empresas tenho sempre ouvido está frase: Ninguém é insubstituível!
Sempre me senti muito desconfortável com ela.
Afinal sou profissional de recursos humanos e acredito na humanização das
organizações.
Acompanhei várias mudanças em RH que sempre visavam
a melhoria do relacionamento humano, a motivação dos funcionários, diminuição
de absenteísmo, redução do turn-over, assertividade na seleção de pessoal,
enfim todas envolvendo o capital humano.
Não me parece possível esta melhoria se não houver
um reconhecimento dos valores e
competências das pessoas e vou mais
além a consciência verdadeira que trata-se de pessoas e não máquinas.
Pessoas tem necessidades básicas, porém também tem
sonhos, busca de auto-realização, desejo de sentir-se importante, necessária.
Atualmente até mesmo os nomes dos cursos de
formação mudaram. Hoje utilizamos o termo gestão de pessoas numa
busca incansável pela valorização do ser humano. A ficção lança filmes
esplendidos com efeitos especiais cada vez mais elaborados e realistas
colocando a máquina como substituta do ser humano, porém até mesmo para
realizar estas fantásticas produções foi necessário a utilização de talentos de
pessoas extraordinárias como Andy Wachowski e Lana Wachowski irmãos que
dirigiram Matrix.
Temos um exemplo clássico no Brasil de uma
personalidade que até hoje nos traz saudades e após vinte anos de sua morte não
tivemos ninguém que se equiparasse em talento e caráter, falo de Ayrton Senna.
Claro que ele não é o único se fosse citar todos haveria uma lista interminável
de gênios dos esportes, música, artes e tantos heróis anônimos que a cada dia
faz diferença na vida de muitos. O que percebo de especial nestas pessoas é que
elas utilizaram seus talentos em prol dos outros e se tornaram não somente
insubstituíveis, como também inesquecíveis.
Não é preciso ser gênio, porém para se tornar uma
pessoa especial tanto no ambiente profissional, como em outros segmentos da
vida. Cada um de nós é portador de talentos, competências e
personalidade única que não se substitui.
O que falta então, dentro das organizações?
A conscientização tanto dos gestores como os outros
colaboradores de que devemos olhar e tratar a todos com respeito, valorizando
cada pessoa de forma honesta e transparente. Desta forma podemos extrair o
melhor que cada um tem para oferecer.
Não basta realizar cursos, participar de
treinamentos, temos que resgatar a sensibilidade e transformar nossa vivencia
seja no campo profissional como pessoal em momentos de aprendizado e
crescimento mútuo e para isso faz-se necessário que cada um de nós trate o outro
de forma ética.
Temos o hábito de generalizar conceitos e cobrarmos
de gestores, diretores, autoridades , enfim das lideranças a solução para os
problemas e dificuldades de nossa vida e deixamos de iniciar um processo importante
começando por nós mesmos.
Somos insubstituíveis sim e passaremos a ser
importantes e necessários quando novamente acreditarmos em nós mesmos e
valorizarmos as pessoas a nossa volta.
Quando fazemos a diferença na vida das pessoas nos tornamos
inesquecíveis.
valquiriaambrosini@bol.com.br
Explicando melhor, leia este ótimo texto abaixo:
Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível" .
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim.
-E Beethoven ?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio.....
O funcionário fala então:
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim.
-E Beethoven ?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio.....
O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências' .
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador , ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças. Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:... . Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível" . Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."
"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita paz de espírito. .."
Colaboração: Karim Moraes
Um ótimo dia!!!! Insubstituível!
Sandra Rizo
http://wwwsandrarizo.blogspot.com.br/2010/08/insubstituivel.html
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