Ao se aproximarem dos conceitos do Pai da Psicanálise, homens e mulheres
de negócios
"desatam os nós" que possuem e quase sempre passam a
colher os frutos com o melhor desempenho de todos na empresa e,
consequentemente, com o aumento dos lucros
O
que o famoso alemão Sigmund Freud tem a ver com o sucesso de empresários e seus
empreendimentos? Muitas vezes, a reposta é simples: tudo. Entender os conceitos
da Psicanálise e aplicá-los à prática do universo corporativo pode ser a
solução para muitos homens e mulheres que não conseguem entender por que suas
empresas não conseguem ter um bom desempenho.
Considerado
por muitos como um dos
grandes gênios dos séculos XIX e XX, Freud deixou um
legado àqueles que buscam o entendimento da própria mente – fato este que, muitas
vezes, não é almejado pelos donos de negócios. Sobre isso, vale dizer que um
dos maiores desafios que enfrento no dia a dia com empresários é fazer com que
entendam que a origem de problemas como baixos resultados financeiros pode não
estar em estratégias, funcionários ou sócios. Em grande parte dos casos, o
ponto-chave é a própria dinâmica mental desses executivos.
Ao
se aproximarem dos conceitos do Pai da Psicanálise, homens e mulheres de
negócios "desatam os nós" que possuem e quase sempre passam a colher
os frutos com o melhor desempenho de todos na empresa e, consequentemente, com
o aumento dos lucros. Durante a convivência com mais de 1.200 empresários ao
longo dos últimos 12 anos, busquei fazer com que entendessem os mecanismos de
defesa da Psicanálise, algo constantemente presente no cotidiano corporativo.
Praticamente
todos os empresários, inconscientemente, põem em prática esses mecanismos, o
que prejudica – e muito – o desempenho dos negócios. Ao levar para a empresa um
problema mal resolvido em casa, eles aplicam o que Freud chamou de Deslocamento
e apenas transferem as preocupações de ambiente. Outro fator presente no
comportamento dos donos de negócios é a Negação. Ou seja, eles deixam de
enxergar determinado problema para realizar seu objetivo, por exemplo, um
investimento arriscado. Mesmo que os números do relatório preparado pelo
contador apontem que o momento não é propício para ampliar a fábrica ou fazer
contratações, os empreendedores em estado de negação optam pelo caminho do
"sei que vai dar certo" e correm até o risco de quebrar.
Além
de negar o risco em uma negociação, o empresário, frequentemente, é "muito
apaixonado" por seu negócio. Por conta disso, põe em prática a Idealização
para justificar uma decisão, especialmente as que parecem não fazer sentido
para o restante das pessoas. A chamada Projeção também é algo muito presente no
ambiente empresarial. Esse Mecanismo de Defesa pode ser observado, por exemplo,
em uma relação de sociedade, com a transferência de desejos ou conteúdos que
estão em você ao outro – "ele vive viajando" e "ele vive com
mulheres mais jovens" são frases que podem exemplificar esse tipo de
atitude. Em linhas mais populares, poderíamos tratar esse último tópico como
"uma inveja disfarçada pela visão crítica", já que os defeitos dos
outros são, na verdade, muitas vezes as virtudes que gostaríamos de ter.
Com
o conhecimento dos conceitos da Psicanálise e a prática de algumas técnicas,
esses comportamentos inconscientes são compreendidos e alterados. Ao mudar sua maneira
de pensar, o empresário também passa a agir de forma diferente. Isso
potencializa o desempenho de seus subordinados e acaba por ampliar os lucros
nos negócios.
Luiz Fernando Garcia é administrador de empresas e criador da metodologia de
Psicodinâmica em Negócios.
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