Este artigo procura alinhar a teoria das Gerações (X eY) à outras
teorias, para melhor avaliar os impactos do comportamento dessa gerações nas
organizações.
Com
o mundo tão competitivo e sem fronteiras, é necessária a busca constante de
renovação das idéias e de conceitos. A globalização faz do dia-a-dia um cenário
transformador, cabendo as pessoas e organizações adaptarem-se com rapidez para
a continuidade do seu desenvolvimento.
Visto
que a organização é composta de pessoas, estar preparado a novos cenários,
diferentes culturas, diversidade de informações, ser capaz de mudar é e sempre
foi essencial para o sucesso de qualquer atividade. E compreender o comportamento das pessoas (novas gerações) diante da
competitividade organizacional do atual cenário mundial, é fator de
diferencial.
Este artigo procura alinhar a teoria das Gerações (X eY) à outras teorias, para melhor avaliar os impactos do comportamento dessa gerações nas organizações.
Chiavenato
(1983), defendeu a idéia que as organizações são sistemas sociais e que seu
principal fator é o humano, ou seja, as pessoas.
As tendências e estudos revelam uma mudança comportamental no perfil das pessoas. A cada dia as empresas tem de se adaptar as exigências mais rigorosas dos clientes e ao perfil mais imediatista de seus colaboradores. Essa é a Geração Y.
As tendências e estudos revelam uma mudança comportamental no perfil das pessoas. A cada dia as empresas tem de se adaptar as exigências mais rigorosas dos clientes e ao perfil mais imediatista de seus colaboradores. Essa é a Geração Y.
Conforme
publicação no site da empresa LABSSJ (2010), estudos
atuais mostram uma mudança no perfil das gerações.
A geração X nascida entre1965
a 1979 cresceu com uma nova realidade social. Essa geração acompanhou grandes
conquistas como a chegada do homem á Lua, o surgimento de novas tecnologias,
como o videocassete e o computador pessoal. Assistiram a muitas crises e viram
adultos serem demitidos das grandes corporações. Pessoalmente acompanharam a decadência
dos antigos padrões sociais. Muitos eram filhos de pais separados e foi à
primeira geração a testemunhar as
mulheres adotando um papel social mais independente, trabalhando fora,
liderando famílias.
A geração X nascida entre
Essa
geração não é particularmente fã de regras, mas acha que, no trabalho, elas
devem ser cumpridas. Geralmente são retratados como pessoas independentes,
resilientes e adaptáveis. São responsáveis por inventar as ferramentas dominantes
de comunicação do mundo atual, como Google, Amazon e You Tube.
A
geração Y é uma das gerações mais bem protegidas pelos pais, nascida entre 1980
e 2000 cresceu acostumada a ser valorizada, a se sentir especial. Segundo as
definições em geral, são ambiciosos, autocentrados, exigentes, confiantes e
acreditam que podem mudar o mundo.
Cresceram e se desenvolveram junto com a tecnologia, utilizam-se dela para maior comodidade, zelam pelo meio ambiente e pela qualidade de vida. São menos dependentes dos pais, prezam a liberdade de expressão e posição, se tornaram parte da globalização e do mundo sem fronteiras.
No trabalho, a geração Y tende a ser definida como um grupo de pessoas mais preocupadas com suas próprias carreiras do que com a organização; como pessoas impacientes para esperar por oportunidades e promoções, que tendem a misturar mais a vida pessoal com a vida profissional do que as outras gerações, e como pessoas mais individualistas, mudam de trabalho constantemente em busca de novos desafios.
Cresceram e se desenvolveram junto com a tecnologia, utilizam-se dela para maior comodidade, zelam pelo meio ambiente e pela qualidade de vida. São menos dependentes dos pais, prezam a liberdade de expressão e posição, se tornaram parte da globalização e do mundo sem fronteiras.
No trabalho, a geração Y tende a ser definida como um grupo de pessoas mais preocupadas com suas próprias carreiras do que com a organização; como pessoas impacientes para esperar por oportunidades e promoções, que tendem a misturar mais a vida pessoal com a vida profissional do que as outras gerações, e como pessoas mais individualistas, mudam de trabalho constantemente em busca de novos desafios.
Por
ser um grupo que apresenta novos desafios àqueles que têm a tarefa de gerenciar
e motivar seu trabalho, é importante entender melhor como este grupo de pessoas
se comporta, as organizações ao contratarem pessoas neste perfil precisam entender se os valores da
organização vão de acordo com os valores e anseios daquela pessoa, pois apesar
de individualistas, quando o indivíduo da Geração Y tem um objetivo ele é
insistente, e se esse objetivo for o mesmo da organização ambos têm muito a
ganhar.
Podemos fazer uma analogia dessa nova tendência das gerações com a teoria de evolução de Lamarck. Segundo Barbieri (1987), a primeira teoria da evolução que se pode considerar completa foi a de Jean Baptiste Lamarck, publicada em 1809, na Filosofia Zoológica ,ela defende a idéia de que fatores ambientais provocam modificações adaptativas, baseada em dois grandes princípios.
Podemos fazer uma analogia dessa nova tendência das gerações com a teoria de evolução de Lamarck. Segundo Barbieri (1987), a primeira teoria da evolução que se pode considerar completa foi a de Jean Baptiste Lamarck, publicada em 1809, na Filosofia Zoológica ,ela defende a idéia de que fatores ambientais provocam modificações adaptativas, baseada em dois grandes princípios.
Lei
do uso e desuso a qual defende que, os órgãos e regiões do corpo mais
utilizadas se desenvolvem e as não utilizadas, vão se enfraquecendo e chegam a
diminuir.
Lei
da herança dos caracteres adquiridos essa afirma que as modificações provocadas
pelo uso e desuso são transmitidas aos descendentes. Lamarck se referia ao físico do homem,
mas fazendo a analogia ao nosso tema Gerações (Xe Y), essas gerações também se
adaptaram ao meio, que ficou mais estável, com maior facilidade de acesso, uma
estrutura familiar de maior proximidade, e por influência hereditária
tornaram-se mais ousados e seguros, porém ao contrário de Lamarck as alterações
foram de tino comportamental.
No
que tange a globalização, segundo Brum (2002), é necessária, pois abre
oportunidades de inovações tecnológicas úteis para a satisfação e evolução da
espécie humana.
E
falando de satisfação, Davis e Newstron (2002) expõem a teoria das necessidades
humanas de Maslow, tal teoria é dividida em cinco níveis de satisfação. O
primeiro deles são as necessidades fisiológicas, o segundo as de proteção e
segurança, o terceiro de necessidades sociais (pertencer ao grupo), o quarto
auto-reconhecimento (auto-estima) e o quinto auto-realização (satisfação
status).
Partindo
do princípio que a Geração Y foi a geração mais “mimada”, os dois primeiros
níveis ela já conquistou na base familiar, o segundo, por ser uma geração com
contato globalizado, e um fluxo melhor de troca de informações, pertencem a
grupos sociais nem que seja, ao menos, virtual.
Já os dois últimos níveis são os que eles ainda estão em busca a Realização e Satisfação.
Já os dois últimos níveis são os que eles ainda estão em busca a Realização e Satisfação.
Este
ponto reforça o porquê do perfil mais imediatista e individualista da
Geração Y, eles querem se sentir, satisfeitos e orgulhosos de si.
Com isso, a organização deve adequar-se a essa realidade considerando o perfil de seus colaboradores, assim como suas aspirações pessoais, conseguindo dessa forma, elevar a motivação e conseqüentemente alcançando as metas organizacionais.
Com isso, a organização deve adequar-se a essa realidade considerando o perfil de seus colaboradores, assim como suas aspirações pessoais, conseguindo dessa forma, elevar a motivação e conseqüentemente alcançando as metas organizacionais.
Seguindo
essa linha de pensamento Wood expõe:
Mudança
no contexto organizacional engloba alterações fundamentais no comportamento humano, nos padrões de trabalho e nos
valores em resposta a modificações ou antecipando alterações estratégicas, de
recursos ou de tecnologia.
[...]
considera que a chave para enfrentar com sucesso o processo de mudança é o
gerenciamento das pessoas, mantendo alto nível de motivação e evitando
desapontamentos. Para ele, o grande desafio não é a mudança tecnológica, mas
mudar as pessoas e a cultura organizacional, renovando os valores para ganhar
vantagem competitiva.” (WOOD, 2000, p. 137)
Essas
teorias têm em comum a necessidade de mutação, as organizações têm de se
preparar ao dinamismo do meio organizacional, a globalização força mudanças no
sistema tradicional, além das exigências mercadológicas e produtivas devem
estar preparadas para gerir e atender pessoas com perfil Y.
A auto-realização deixa de ser utopia, para assumir papel principal nas atitudes organizacionais.
Os funcionários querem qualidade de vida, perspectiva de carreira e os clientes querem produtos com menor impacto ambiental, qualidade e conforto.
A auto-realização deixa de ser utopia, para assumir papel principal nas atitudes organizacionais.
Os funcionários querem qualidade de vida, perspectiva de carreira e os clientes querem produtos com menor impacto ambiental, qualidade e conforto.
Referências Bibliográficas
BARBIERI, Marcello. Teoria Semântica da Evolução. Lisboa: Fragmento, 1987.
BRUM, Argemiro Luís. A economia internacional na entrada do século XXI: transformações irreversíveis. 2ª ed. Ijuí: Ed. Unjuí,2002.
CHIAVENATO, Idalberto; Introdução à teoria geral da administração; São Paulo: Ed. McGraw-Hill, 1983.
DAVIS, Keith; NEWSTRON, Jonh W. Comportamento Humano no Trabalho: Uma abordagem psicológica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
Pocket Learning: Geração X E Y Disponível em http://www.labssj.com.br/site/st_index.asp?COD_CONTEUDO=139
WOOD Jr., T. Mudança Organizacional: aprofundando temas atuais em administração de empresas. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
AUTORES:
Ana Claudia Miretzki, graduanda em Administração de empresas e Analista de RH na empresa ARAUCO do Brasil.
Ana Cristina Miretzki, granduanda em Administração de empresas e Analista de RH na empresa RENAULT do Brasil.
Lucas Pillati Kolossovski, graduando em administração de empresas e Analista de RH,prestando serviços na Renault do Brasil.