Se você se encontra infeliz com suas relações em geral, se é daquele tipo que
fica criando estórias e mais estórias mentais sobre como seriam as melhores
possibilidades para se obter bons posicionamentos num suposto confronto, mas
que, na hora do vamos ver, nada daquilo acontece. Se constantemente fica
frustrado por suas expressões se manifestarem muito aquém do que desejava,
saiba que pode transcender este robô cerebral de repetição que, no final das
contas, atualmente mal e mal, está a seu serviço.
Trata-se de um método certeiro que pode colocar quilômetros à frente de como
você está acostumado a se reconhecer.
Gostaria de convidá-lo para uma rápida e radical jornada de transformação e
para dar início a este processo, você terá que se exercitar em algumas tarefas
não usuais:
- Comece por perceber que as suas ideias e imagens mentais costumam funcionar
dentro de você exatamente da forma como encara a ação do ato de dirigir um
carro; ou seja, suas imagens mentais, seus pensamentos e emoções estão
totalmente automatizados em seu cérebro cumprindo funções do mesmo modo que o
ato de dirigir um carro.
- Ao começar a dirigir você sabe qual chave liga o carro e para cada caminho
destinado, recursos cerebrais aprendidos serão acionados com a finalidade de
lhe possibilitar êxito. No aspecto das reações emocionais, exatamente o mesmo
ocorre. Você até pode ter noção do que o aciona, do que ativa, mas depois
disso, tudo acontecerá do mesmo modo de quando dirige um carro, seu cérebro
recorrerá automaticamente e sempre aos mesmos circuitos aprendidos e enviará
padrões de respostas conhecidos para cada tema dinamizado; no caso de dirigir
um carro, o tema é entre outras coisas o destino.
Um dia tivemos que ter a presença do eu para aprendermos a funcionar em
determinadas situações, depois disso, como um computador, o cérebro automatizou
o conhecimento aprendido e agora, em nome de auxiliá-lo, libera estes padrões
de conhecimento nas situações onde associa que terá o mesmo tipo de demanda.
Isso tudo para nos ajudar a otimizar nosso tempo e para que possamos a partir
dos aprendizados anteriores, seguir em frente conhecendo novas coisas,
aprendendo mais sobre tudo e criando. O problema aqui é que o cérebro sem a
presença do eu, que pode perceber cada situação como sendo única, apenas
funciona como uma máquina que um dia foi ativada para cumprir determinadas
funções e permanece trabalhando com estas variáveis. Assim como ligamos
mecanicamente o nosso piloto automático ao dirigirmos um carro, esquecemos que
para reorganizar uma nova mecânica de resposta cerebral precisamos reativar a
presença do eu em cada situação de vida vivenciada. Temos que reaprender a
fazer isso e quem sabe automatizar antes de tudo a presença de um eu
presentemente ativo.
A primeira dica é sair do esquema de aceleração cerebral que insiste em ter
autonomia sobre este eu que é o que manda e quem tem de verdade o real poder.
Imagine só que enquanto você esta à mercê do seu piloto automático, a sua
autoestima vai embora junto com o seu eu real. Na medida em que você se lembra
que tem alguém aí dentro que tem poder sobre si mesmo, tudo muda e não há a
menor possibilidade de ser diferente.
Na maioria das vezes, aparentemente não prestamos atenção enquanto estamos
"dirigindo"... e num susto, de repente, quando ficamos mais atentos,
conscientes e lúcidos, olhamos para a estrada e nos damos conta que alguém
esteve ali durante todo o tempo, com conhecimentos sobre manobras entre outras
diretrizes e que este alguém era nada além de você mesmo.
Enquanto você estiver ausente de si mesmo, suas ações relacionais entre outras
situações em sua vida funcionarão de forma semelhante. Por mais que se saiba o
quanto é possível planejar uma conversa importante e de modo inteligente, via
de regra, é desconhecido o que e como todas estas ideias serão expressas na
hora certeira. Por mais que se saiba que somos donos dos nossos atos e desejos
interiores, na hora de expressar, não é bem assim que a coisa acontece. Na
maioria das vezes, fica-se muito aquém do que se desejaria ter falado e, por
outro lado, às vezes desconfortáveis, em meio à sensação foi falado demais.
- A ideia sugerida é a de ficar mais acordado e presente por dentro e por fora.
Uma mudança que vai exigir transformação sutil de atitudes, no intuito de você
compreender passo a passo como se tomar mais consciente do que está fazendo,
inclusive, do que e de como pensa. Puxe o freio de mão e comece a ser o
observador de si mesmo absolutamente presente.
À proporção em que for se ganhando nessa nova postura, tanto seus pensamentos
acerca de algum tema, como as suas ações tenderão a ficar cada vez mais vívidas
e poderosas, portanto, lúcidos. O resultado é desenvolvimento de maior autonomia
de você para você mesmo.
Por conta desse novo engajamento de vida, e por estar mais presente percebendo
os seus próprios pensamentos como um observador de si mesmo, tanto seu poder de
ação, como os resultados deste tipo de experiência lhe abrirão portas para que
você acesse suas inúmeras reservas ocultas de energia, sabedoria e experiências
adquiridas ao longo da vida. Além de tudo isso, como bônus superior, você
estará habilitado para fazer novas sínteses de si, podendo se renovar por
completo e muito provavelmente que seus objetivos de vida poderão mudar de modo
radical, pois você não será mais o mesmo.
Mais uma dica:
- Durante os exercícios de auto-observação, fatalmente você irá se confrontar
com emoções negativas relacionadas a alguma situação; apenas pela sua
observação e centramento fará uma ponte com uma situação positiva onde se sente
bem. É somente a partir de uma boa sensação emocional resgatada que você poderá
resolver mentalmente alguma questão que o perturba.
Este é um exercício que exige presença positiva para que você conquiste suas
ações de modo deliberado e, como conseqüência, ser dono do seu estado
emocional, assumindo o seu poder para escolher de verdade onde e como deseja
ficar e não mais um resultado passivo de um circuito cerebral aprendido e
automatizado.
O seu cérebro é inteligente, mas fica literalmente "burro" sem a sua
presença, como um computador girando um programa nunca revisitado, com soluções
não atualizadas e que acabam ficando arcaicas para todo o sistema.
Sempre é bom trocar softwares da nossa máquina mental quando percebermos ser
necessário. Algumas vezes pode ter necessidade de chamar algum técnico para lhe
auxiliar, no caso, terapeuta certificado, mas o serviço interno da autonomia do
eu, quem sempre terá que fazer é você mesmo.
Todos nós temos a tendência de ficarmos anestesiados pelo dia a dia, mas se
assim permanecermos, dificilmente sairemos vencedores de quadros que nos afetam
de modo negativo. Com treino, você aprenderá a ter maestria sobre como sair de
qualquer mal-estar para o estado de absoluta presença do eu. E na medida em que
for desenvolvendo capacidade para examinar os seus inimigos internos que hoje
lhe detonam, um véu começará a sair da sua frente e você saberá que está
totalmente acordado, no comando da sua existência. Que lhe pertence.
Silvia Malamud é Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em
EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand
PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora do Livro: Projeto Secreto Universos
Email: malamud.silvia@gmail.com
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
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