Quem é o cliente para você?


Esta pergunta se parece com perguntas que possuem respostas óbvias. Se parece. Porém, inúmeras organizações e pessoas têm diferentes respostas a esta essencial pergunta. 

Por que essencial? Porque dependendo da sua resposta, e com base nela, você atenderá melhor ou não o seu cliente.
Para alguns o cliente é rei. Para estes o cliente rei sempre tem razão. Afinal rei manda e desmanda, escolhe a hora, o preço, como e quando. Não há questionamento possível a ser feito ao cliente que determinamos de "rei". Mas esta definição é perigosa porque existem coisas que não somente não podemos fazer aos clientes como em muitos casos não devemos fazer. Estas são muitas vezes questões éticas, questões sobre a lucratividade da empresa, questões em que não adianta prometer que não podemos cumprir.
Para outros o cliente é um chato. Afinal ele vive
incomodando. Pergunta muito, nem sempre compra. Chega em momentos inconvenientes. Para quem vê o cliente como chato o importante é despachá-lo e o quanto antes. Neste caso o atendente trabalha com respostas padrões e na lei do menor esforço. Dá um material explicativo para o cliente para que ele descubra tudo sozinho, manda acessar o site da empresa e procurar as informações, se não encontrar o que procura ou ainda tiver alguma dúvida que volte a ligar.
Para outros o cliente é um espertalhão. Segundo este ponto de vista preciso ficar ligado pois o cliente sempre vai tentar me enganar fazendo com que eu lhe dê coisas que não são possíveis.
O cliente algumas vezes é visto exclusivamente como uma bela fonte de lucro. O problema desta abordagem é que em partes ela é verdadeira. O cliente gera sim os ganhos da empresa, mas se somente o olharmos por este prisma podemos correr o risco de atender os mais bem vestidos de uma maneira melhor. De se preocupar mais em empurrar produtos do que em atender bem. Afinal o importante é o dindin. Eu não quero saber seu nome, quero saber da tua grana. Pessoas que vêem o cliente exclusivamente sob este prima se frustram quando este cliente quer comprar somente uma peça barata de reposição. Após afirmar o seu pequeno desejo de compra. O vendedor pergunta num tom de desânimo e frustração: “Mas é só isso mesmo hoje?” É uma pena, pensa ele em segredo, que não atendi o próximo.
O cliente às vezes passa a ser um simples usuário. Quem o vê assim julga que é um grande favor para o cliente ser atendido. Ele que espere, estou fazendo o que posso. É infelizmente uma visão difundida em alguns serviços públicos. Obviamente existem excelentes funcionários e servidores públicos. Porém é mais comum esta visão em tipos de serviço ligados a educação e saúde, pública ou particular.
Para mim o cliente é um hóspede. Para o hóspede damos o melhor que temos. A melhor toalha, a melhor cama possível, uma janta feita com amor. Contudo, ninguém permite ou espera que o hospede coloque os pés em cima da mesa ou do sofá, que ele ouça um som muito alto a avançadas horas da noite, que saia comendo e bebendo o que quiser sem dar o mínimo de satisfação ou ainda que invada a nossa privacidade.
Esta é uma boa definição de muitas outras possíveis. O cliente deve ser extremamente bem atendido mas até um bom atendimento tem limites técnicos e financeiros.
Neste mês em que comemoramos o dia do cliente lhe convido a lembrar que assim como o coração é essencial para o homem o cliente é essencial para a empresa. De fato o primeiro a pagar nosso salário não é o chefe, a empresa ou o RH. Atrás de todos estes está o cliente que compra, gera lucro e permite a empresa continuar a crescer e a contratar.
Mas afinal para você leitor, quem é o seu cliente?

Daniel Godri Junior é consultor e palestrante nas áreas de marketing, motivação, liderança e vendas. 
Autor do livro Mudanças e Oportunidades: 70 dicas para você vencer as montanhas do medo na vida e nos negócios; Venda Mais e Melhor e Sou Campeão por Natureza. 
Apresentador do programa Desenvolvendo Talentos – TV Canção Nova e SKY 96
Especialista em Atendimento ao Cliente e Excelência em Serviços pelo Instituto Disney - Orlando – Flórida– EUA; Administrador de Empresas pela FAE Business School;
MBA em Gestão de Negócios pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
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